Por Que Ainda Hoje Ayrton Senna É Tão Inesquecível? Confira Detalhes Inéditos Sobre Sua História!

Todo brasileiro já escutou, pelo menos uma vez na vida, o nome de Ayrton Senna. Ele é um grande ícone do automobilismo e um dos pilotos mais populares e amados do Brasil. Mesmo depois de 20 anos de sua trágica morte, ele ainda está entre os mais influentes e bem-sucedidos pilotos de Fórmula Um da era moderna, e é considerado um dos maiores pilotos da história do esporte.

Muitos ainda escutam o hino brasileiro e se lembram das inesquecíveis manhãs de domingo em que Senna fazia o Brasil inteiro se emocionar nos circuitos espalhados pelo mundo à bordo de um carro de F1. Ayrton Senna teve uma vida curta, porém marcante. A imagem das vitórias de Senna, principalmente levando a Bandeira de seu país, marcou uma geração de brasileiros e o consagrou como um dos maiores pilotos da Fórmula 1 de todos os tempos. Confira nos próximos slides alguns fatores, além do esporte, que fazem dele um ídolo inesquecível, além de curiosidades dele que você certamente não sabia!

Ayrton

Ayrton Senna da Silva nasceu na capital do estado de São Paulo, em 1960. Foi criado na Zona Norte, na Serra da Cantareira, onde dividia o quarto com seu irmão Leonardo. Era dali que ia para o colégio e para o autódromo, cruzando toda a cidade de São Paulo para correr de kart, em Interlagos. Viagens que, na maioria das vezes, eram feitas com ele dirigindo o carro para chegar mais rápido. Um dos motoristas contratados para levá-lo não ficou muito tempo no emprego: “Por que vou continuar motorista se o garoto é quem dirige?”

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Beco

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Senna ganhou seu primeiro veículo aos 4 anos de idade: um mini kart feito pelo seu pai, um entusiasta das competições automobilísticas, com motor de cortador de grama, no melhor estilo "Faça Você Mesmo". Seu apelido na infância era Beco, mas ele queria ser chamado de "Becão". O apelido é uma abreviação de Caneco, pois na infância sua prima Lilian não conseguia pronunciar Caneco. Esse apelido pegou mesmo, já que a família, os amigos, e até sua ex-namorada XUXA, só o chamavam assim.

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Popular

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Prestes a completar 6 anos, Senna pediu sua mãe uma grande festa, já que tinha se comportado muito bem naquele ano. Ao ser questionado pela mãe sobre a enorme quantidade de crianças que compareceram em sua festa, o menino respondeu que não conhecia a maioria delas, que apenas foi andando pela rua, tocando a campainha e convidando as crianças que moravam lá para o seu aniversário. Desde moleque nosso herói já era popular!

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Go Go Senna

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Claro que, quando garoto, seu desenho animado favorito na TV era o japonês Speed Racer, um mangá da década de 1960 sobre um jovem piloto de corridas que tinha família bem estruturada, namorada, amigos e estava sempre fazendo o bem. Esse desenho era contagiante e todo mundo queria ser piloto depois de assistir! Fez muito sucesso no Brasil e deu origem a um filme em 2008. Talvez os fãs associassem o herói das pistas ao herói das telas, ao enfrentar "inimigos" e desafios para acabar vencendo as corridas. Foi redublado já no século XXI, mas os fãs não gostaram muito... Se Ayrton estivesse vivo, com certeza assistiria ao filme na pré-estreia!

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Relacionamentos

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Na vida afetiva, Ayrton Senna - sempre muito focado em sua carreira - teve somente cinco namoros que temos conhecimento: Lílian de Vasconcellos Souza, Adriane Yamin, Xuxa Meneghel, Cristine Ferraciu e Adriane Galisteu. Ele mantinha sua vida pessoal afastada da vida do ídolo da F1 o máximo que podia. Casou-se oficialmente com Lílian em fevereiro de 1981. Após o casamento, Lílian passou a assinar Lílian Senna da Silva. Passaram a lua-de-mel em Chicago, na casa de Fábio Machado, primo de Senna, e chegaram a viver juntos em uma casa em Londres, na época em que o piloto competia pela Fórmula Ford 1.600, mas a união durou apenas oito meses.

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Adriane

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Após o divórcio com Lílian, Senna assumiu seu caso com Adriane Yamin, à época uma adolescente de quinze anos, herdeira da empresa Duchas Corona. O relacionamento foi bastante comentado, pelo fato de a menina ser menor de idade e bem mais jovem que o piloto, que foi o primeiro namorado dela. O relacionamento durou até o final de 1988. Entre as revelações, Adriane Yamin afirmou que não era nada fácil viver um relacionamento secreto com Senna. "Para mim, só tinha desvantagem. Ser namorada do Ayrton trazia uma série de situações desagradáveis. As mulheres assediavam o Ayrton como se ele estivesse sozinho e descomprometido"

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Cristiane

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Entre 1990 e 1991, já campeão mundial de F1, Senna teve um relacionamento com a carioca Cristine Ferracciu. Típica jovem da elite carioca, era neta de italianos. Passeava com a amiga gaúcha Andreia por um Shopping, num final de tarde do verão de 1985, quando em uma loja começou um grande alvoroço. Era Ayrton Senna, acompanhado do amigo Júnior, fazendo compras. A amiga de Cristiane se apresentou e ainda deu forças para que os dois saíssem para jantar. Acabou dando certo e o relacionamento durou dois anos. A falta de apego de Senna a suas namoradas rendeu fofocas de que ele tinha pouco interesse pelo sexo oposto, o que deu armas e munição para Nelson Piquet nas suas provocações!

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Sempre Rápido

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Ayrton também teve rápidos casos com diversas mulheres, especialmente modelos, como Patrícia Machado, Vanusa Sppindler e Marcella Praddo (Edilaine de Barros Gonçalves), que engravidou, mas Senna disse que não assumiria o bebê, por desconfiar da paternidade. A jovem entrou na justiça para provar a paternidade da filha, Vitória, mas comprovou-se, através de exame DNA, que Senna não era o pai da criança. Acelerado mesmo o Ayrton!

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Xuxa

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Um dos romances que mais interessou e caiu no gosto dos brasileiros foi o de Ayrton Senna e Xuxa Meneghel. Os dois eram ídolos, famosos, ricos, bem sucedidos, o que faltava??? Todo mundo queria ser como eles! Dizem que foi apenas uma jogada de marketing, mas Senna apaixonou-se ao ponto de parecer que mais nada, mesmo a carreira, interessava. Era só Xuxa que ele via. Era ainda a época de sonho, após a conquista do 1º título em Suzuka. Cada minuto livre que tinha, voava para o Rio, para estar com ela. A ex-mulher Lilian de Vasconcellos confessou já depois da morte de Senna: “Da Xuxa ele gostou mesmo!”

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Fator X

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O casal não era visto em público, nem mesmo para jantar. Tudo recatado, por conta das figuras públicas que eram, mas Ayrton passava muito tempo nos bastidores da TV, acompanhando-a no seu trabalho. O relacionamento ao longo da temporada de 89, perturbou o piloto. Pela primeira vez, viu-se no paddock um homem afetado na sua relação amorosa. Era uma relação em tensão permanente. Emoção à flor da pele. E a empresária de Xuxa não ajudava em nada. Senna não estava feliz. Ayrton culpou mais tarde a empresária de Xuxa pelo fim da relação. A namorada não controlava a própria imagem, como o campeão controlava a dele. Até ao dia em que voou para Nova Iorque para encontrá-la e ao chegar ao apartamento, Xuxa não lhe abriu a porta. Xuxa se arrependeu depois e...

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Adriane

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Ayrton iniciou um namoro com Adriane Galisteu após o GP Brasil de 1993. O piloto chegou a declarar que finalmente havia encontrado a mulher ideal. Hoje, a irmã Viviane diz que foi a época mais feliz da vida afetiva do irmão. O relacionamento durou até a morte do piloto. Sua família era contra o romance, e seu pai fez de tudo pela separação do casal, acusando Adriane de ser golpista. Este assunto gerou muita polêmica na época. A mídia adorou!

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Galisteu

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Adriane desistiu de gravar um spot publicitário para ir a Angra a convite de Senna, para um churrasco, e… começou o namoro! Contam os amigos que o relacionamento de Ayrton com Galisteu foi a sua emancipação afetiva, em relação à família. Senna cresceu alí. Quando Senna estava pra baixo, ela estava lá alegre. Ela era o seu lado feliz, contava Senna. Adriane não reclamava de nada. Respeitava totalmente o que Ayrton queria e ficava à sua disposição. Quem acompanhou de perto diz que Senna se comportou diferente desde o início. Porque se sentia bem. Adriane foi uma aliada importante no trabalho com Ayrton, pois diziam que o namoro dos dois era leve. Ele já era tricampeão, mas faltava melhorar a sua condição psicológica. Em Abril de 1994, 48 horas da morte de Senna em Imola, a Revista Caras fez a icônica capa com Senna e Galisteu em Angra dos Reis.

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Gente Como A Gente

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Não apenas de velocidade vivia Ayrton Senna, que era uma pessoa comum, que vivia rodeado pela família, amigos e que tinha muitas outras atividades fora do automobilismo. Depois de cumprir os compromissos com equipe, imprensa, patrocinadores e fãs, saía o mais rápido que podia dos autódromos e voava para São Paulo, onde então se transformava no competente empresário que cuidava dos negócios com a dedicação e a preocupação vistas na Fórmula 1. Foi ele mesmo quem idealizou as marcas Senna, só pra você ter uma ideia!

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Religioso

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Ayrton Senna era devoto do cristianismo e costumava ler a Bíblia durante os voos que fazia. No documentário sobre sua carreira de piloto, sua irmã revelou que pouco antes de sua morte, ele abriu a Bíblia em uma página: "Naquela manhã quando ele acordou, pediu a Deus para falar com ele. Abriu a Bíblia e leu um texto que falava que Deus ia dar para ele o maior presente de todos os presentes. Que era Ele mesmo". A religiosidade do piloto era conhecida por todos. Ele tinha o hábito de rezar antes das corridas e de agradecer com alguma prece sempre que sobrevivia a elas. Portanto, não é o caso de questionar a veracidade de seus sentimentos. Quando disse que sentiu a presença de Deus, Senna falou sério e é possível ver isso em seu olhar.

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Falando Com Deus

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Eu tive o privilégio de ter essa experiência. No mundo em que a gente vive, para sentir, tem que ser a realidade. Isso aconteceu no Grande Prêmio do Japão. Na última volta da corrida, a volta que finalmente me daria a vitória do campeonato, eu comecei a agradecer e agradecer – porque nem eu mesmo conseguia acreditar que eu ia vencer finalmente o campeonato”, disse Ayrton durante um especial de fim de ano do Roberto Carlos. “Eu senti a presença d'Ele, eu visualizei, eu vi. Foi uma coisa especial na minha vida, foi uma sensação enorme. É uma coisa que eu tenho gravada na minha memória e tenho como parte de mim. É um privilégio que eu tive, que pouca gente tem ou teve. Eu prezo muito isso”, acrescentou.

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Voltando A Carreira: O Kart

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Ayrton Senna descobriu muito cedo a irresistível vocação pela velocidade. Aquele kart que ganhou do pai se transformou no brinquedo predileto. Competiu pela primeira vez com apenas 9 anos, numa corrida amistosa nas ruas de Campinas, em São Paulo. Foi também a sua primeira pole position, definida em um sorteio. A primeira vitória oficial veio em sua também primeira participação em uma corrida oficial. Foi no Kartódromo de Interlagos, que hoje leva o nome de Kartódromo Ayrton Senna, localizado atrás da antiga reta oposta do autódromo paulistano. A prova foi em julho de 1973, quando Ayrton tinha 13 anos. O talento já andava ao lado do futuro piloto!

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Crescendo

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Enquanto amadurecia para o automobilismo em competições de kart, Ayrton Senna conquistou inúmeras vitórias e títulos de campeão. A paixão que ele descobriu nesta fase da vida foi o grande segredo para ter sido campeão por onde passou. Senna teve cinco participações em mundiais de kart. Disputado sempre no mês de setembro, a estreia do brasileiro foi 1978, em Le Mans (França), onde terminou a competição com o sexto lugar. Na sequência, vieram dois vice-campeonatos: Estoril (Portugal) em 1979 e Nivelles (Bélgica) em 1980. E teve mais!

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O Grande Rival

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Muito tempo depois, após vencer sua última corrida na F-1, na Austrália em 1993, Ayrton foi perguntado sobre quem seria seu maior rival da carreira. A resposta surpreendeu muitas pessoas, já que o brasileiro lembrou do seu grande rival no kartismo: Terry Fullerton. E completou: “Eu teria de voltar a 1978, 1979, 1980… quando estava no kart. Eu tinha um companheiro de equipe… Fullerton, o nome dele era Fullerton. Era muito experiente, e eu gostei muito de correr contra ele. Porque ele era rápido, era consistente, ele era, para mim, um piloto muito completo. E era só corrida, era pura corrida. Não havia política, nem dinheiro envolvido. Tenho uma ótima lembrança daquela época”, disse Senna na entrevista coletiva após a corrida em Adelaide. Os rancores de um passado mais recente teriam ficado para trás ou estava sendo apenas politicamente correto?

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Terry Fullerton

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Mais experiente no kartismo, Fullerton ficou atrás de Ayrton nos dois vice-campeonatos do brasileiro, porém, já havia conquistado algo que Senna não tinha: o tão sonhado título mundial em 1973. O britânico nunca chegou a correr na Fórmula 1, mas acreditava que Ayrton tinha um grande potencial para o futuro, já naquela época. “Senna sempre foi bom em aproximar as pessoas que estavam ao seu redor. Ele não se propunha fazer isso de propósito, mas ele tinha o tipo de carisma, habilidade e velocidade que levaram as pessoas que trabalharam com ele, a realmente apoiá-lo”, disse Fullerton, em entrevista para Tony Dodgins, autor do livro “Senna - All his races”. Bacana né?

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Fórmula Ford

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A partir de 1981, Senna decidiu que era o momento de entrar nas competições automobilísticas da Europa, mas mesmo assim não abandonou seu grande companheiro da infância e adolescência, o kart. Disputou o Mundial de kart daquele ano em Parma (Itália), ficando em 4º lugar. Sua última participação foi em 1982, em Kalmar (Suécia), onde foi apenas o 14º. O brasileiro estava com o foco total na Fórmula Ford 2000, onde havia acabado de conquistar o título europeu e britânico. O projeto para 1983 era a Fórmula 3, último degrau para chegar até a Fórmula 1. Estava tudo dando certo!

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Equipe Histórica

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Senna chegou a recusar convite para participar da Formula Ford em 1980, decidindo entrar na categoria no ano seguinte. O piloto brasileiro desembarcou na Inglaterra para estrear na categoria de base e correr pela melhor equipe do campeonato europeu, a Van Diemen, a mesma que acolheu Emerson Fittipaldi, outro ídolo do automobilismo brasileiro, no final dos anos 1960. Era a hora de Ayrton mostrar tudo o que havia aprendido nos kartódromos do Brasil e do exterior.

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Vitórias

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Logo no primeiro ano, foram 20 provas em três competições (Towsend Thoresen, EFDA Euroseries e RAC British), com 12 vitórias. O primeiro triunfo do brasileiro foi no autódromo de Brands Hatch, em 15 de março de 1981, mesmo local da estreia duas semanas antes. O troféu da primeira conquista de Ayrton Senna em carros de fórmula está guardado em Snetterton, na Inglaterra, com o chefe de equipe Ralph Firman. Os carros eram equipados com o motor Ford ‘Kent’, de cerca de 125 cavalos de potência, sem asas aerodinâmicas, fazendo com que todos os competidores usassem monopostos similares, para que o piloto realmente fizesse a diferença. E foi exatamente o que Senna fez!

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Amigos

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Durante o período da Fórmula Ford, o jovem piloto que chegou na Europa com 20 anos, teve bastante apoio do já famoso piloto brasileiro Francisco Adolpho Serra, o Chico Serra, que havia sido campeão da Fórmula 3 inglesa em 1979. Na época iniciava sua carreira na Fórmula 1, onde correu por três temporadas, e que depois faria história na Stock Car, principal categoria do automobilismo nacional, sendo tricampeão em 1999, 2000 e 2001. Sempre bom ter um amigo pra dar aquela mãozinha!

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Longe De Casa

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Após o título da Fórmula Ford em 1981, Ayrton seguiu o caminho natural para a divisão superior no ano seguinte: a Fórmula Ford 2000, mas a transição não foi tão simples. Foi este o momento em que Senna cogitou a possibilidade de abandonar a carreira e voltar ao Brasil, devido às dificuldades para se manter na Europa em busca do sonho de ser piloto. No fim, todos os pilotos brasileiros passam por esse ponto. Longe de casa e normalmente vivendo sozinhos em um país estranho e com uma profissão que gera muitas despesas, tudo se complica. E dá uma saudade de casa...

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Mostrando A Que Veio

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Assim que sentou no novo carro, que era em média 4 segundos mais rápido que o do ano anterior, Ayrton não teve dúvidas do que faria dali em diante. O carro de 1982 era equipado com pneus slick, asas dianteira e traseira, além do motor 2.0, bem mais potente que o anterior. Desta vez, disputando os campeonatos britânico e europeu, Senna quebrou todos os recordes possíveis das competições. Nas primeiras seis corridas do ano foram seis provas fazendo “barba, cabelo e bigode”, ou seja, pole position, vitória de ponta a ponta e volta mais rápida. Aí sim deu para ter um deslumbre do que ele viria a fazer na Fórmula 1!

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Imbatível

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Em 12 de setembro, outro recorde imbatível: nona vitória consecutiva na categoria. Algo que jamais seria repetido por outro competidor na Fórmula Ford 2000. Os números finais da temporada impressionaram: 22 vitórias, 18 poles, 22 voltas mais rápidas e 516 pontos conquistados, em 28 provas disputadas. Seu índice de aproveitamento de vitórias na FF2000 foi de 78,5%. A palavra que era utilizada para descrever sua performance era: impressionante!

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Prudência E Canja De Galinha

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Com resultados espetaculares, Ayrton Da Silva, como era conhecido no início da carreira na Inglaterra (daí vem o trocadilho do seu apelido “Silvastone”, já que suas grandes conquistas foram em Silverstone naquela época), começava a despertar interesse das equipes de Fórmula 1. Apesar disso, decidiu seguir o caminho natural que a maioria dos grandes talentos trilhava: fechou contrato para correr na F-3 Inglesa em 1983. E que equipe não gostaria de contratar um piloto com essa performance?

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Fórmula 3

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Em novembro de 1982, Ayrton Senna andou pela primeira vez em um carro de Fórmula 3, no Reino Unido. A corrida em Thruxton não valia pelo campeonato daquele ano, mas era o grande teste para o piloto brasileiro, que já sabia que faria a temporada regular da F-3 Inglesa no ano seguinte. Senna fez a pole quatro décimos mais rápido que a pole de Martin Brundle, feita três semanas atrás durante o campeonato. Se na classificação Senna já mostrou de cara seu grande potencial, na corrida foi ainda melhor. Senna abria vantagem significativa a cada volta e venceu com uma impressionante margem para o segundo colocado: 13 segundos. Com o espetáculo que o brasileiro proporcionou, Dick Bennetts e Ayrton Senna apertaram as mãos e fecharam a ida do piloto para disputar a temporada inteira da F3 Inglesa em 1983, iniciando assim o último degrau antes de sua estreia na F-1.

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Fórmula 1

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O ano de 1983 foi um dos mais importantes da carreira de Ayrton Senna, por conta de seu primeiro teste com um carro de F-1 com a Williams, campeã da temporada anterior. Senna entrou na pista na manhã do dia 19 de julho, em pleno verão inglês. O carro, Williams FW08C, havia sido pilotado por Keke Rosberg na temporada anterior. Nestas primeiras voltas, Senna bateu o recorde da pista e chegou a registrar tempos de volta mais rápidos que os pilotos titulares da própria escuderia! Porém, o acerto com a Williams não aconteceu, e Senna acabou fechando com a Toleman para estrear na temporada de 1984.

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Máfia?

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A temporada de estréia na Fórmula 1 já era digna de nota, mas o que estava para acontecer nas ruas de Monte Carlo chegaria a outras proporções. A corrida cravaria pela primeira vez o nome de Ayrton Senna entre os grandes pilotos da categoria. Senna largou em 13º, mas a chuva que criava as condições de pista que ele tanto adorava, chegou e Ayrton começou a ganhar posições, fazendo a volta mais rápida da prova, com 1min54s334, a primeira dele na carreira. Na 31ª volta, quando já se preparava para assumir a ponta da prova, um balde de água fria: a corrida foi encerrada devido às más condições da pista pelo diretor de prova Jacky Ickx, com Prost em primeiro, Senna em segundo e Stefan Bellof em terceiro. Foi o primeiro pódio de Senna na F-1 – foram 80 ao longo da carreira, mas o que marcou a todos foi que somente a metade dos 6 pontos daquela segunda colocação foram computados. Apenas um detalhe, já que o mundo olharia com mais atenção para o talentoso piloto brasileiro a partir dali.

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Mais Pódio!

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Ayrton Senna trocou a Toleman pela Lótus, mas se despediu em grande estilo. No final do Grande Prêmio de Portugal, em 1984, Ayrton recebeu uma terna homenagem dos mecânicos da sua equipe com um cartaz profético: “A Toleman nunca mais será a mesma sem Senna”. Os 13 pontos de Ayrton Senna conquistados com a equipe em 1984, foram a metade de todos os conquistados pela Toleman em sua breve existência na Fórmula 1, entre 1981 e 1985. Você sabia disso? Em 1985, a equipe foi vendida e passou a se chamar Benetton. E Ayrton Senna começou a brilhar na Lótus, conquistando as suas primeiras vitórias na Fórmula 1.

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Lótus

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Após a estreia pela Lótus no Grande Prêmio do Brasil, em Jacarepaguá, foi em Estoril (Portugal) que o piloto brasileiro conquistou a sua primeira vitória na Fórmula 1. E daquela forma que nós adorávamos, estabeleceu uma pole positionespetacular, colocando meio segundo à frente de Alain Prost, que era certamente um dos favoritos. Era a sua primeira pole na categoria, evento que iria se repetir outras 64 vezes, marca que ajudou o brasileiro a construir sua reputação como o piloto mais rápido da F-1 de todos os tempos. Ayrton Senna não deu chances a ninguém e venceu de ponta a ponta, marcando também a volta mais rápida. Só faltou colocar uma volta no segundo colocado, que só chegou após um minuto e dois segundos!

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McLaren

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Depois de três temporadas e 48 Grandes Prêmios disputados pela Lotus, Ayrton Senna despedia-se da equipe inglesa na Austrália, com seis vitórias e 16 poles, marca histórica na antiga equipe de Colin Chapman, passando a defender a McLaren, equipe na qual conquistou três campeonatos mundiais, 1988, 1990 e 1991, e dois vice-campeonatos, em 1989 e 1993. O GP Brasil de 1992 marcou a primeira vitória de Ayrton Senna em sua terra natal pilotando um Fórmula 1 com um final dramático: A perda de quase todas as marchas de sua McLaren causou um desgaste físico acima do normal, fazendo com que ele não conseguisse sair do carro sozinho. Isso fez dessa corrida uma das mais lembradas da carreira do piloto.

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Briga!

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A McLaren não poderia contar com os melhores pilotos: Ayrton e Prost. A dupla venceu 15 das 16 corridas disputadas em 1988, com predomínio total sobre as outras equipes, Senna conquistou seu primeiro campeonato mundial. Em 1989, a rivalidade entre ele e Alain Prost intensificou as batalhas na pista e gerou uma grande guerra psicológica. Prost conquistou o tricampeonato em 1989, depois de uma colisão proposital durante o GP do Japão, onde Senna precisava vencer para ter chances de conquistar o campeonato. Senna ainda retornou à pista, chegou em primeiro, mas foi desclassificado pela FIA. Anos mais tarde, em 1996, já fora da presidência, o francês Jean Balestre admitiu que beneficiara o compatriota naquele final de campeonato. Senna confessou que jamais perdoou os dois por esse incidente!

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Vingança!

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Em 1990, no mesmo circuito e com os dois pilotos novamente disputando o título mundial, Senna tirou a pole de Prost. A Ferrari de Prost fez uma largada melhor e pulou à frente da McLaren de Senna, que antes mesmo da largada havia declarado que não permitiria uma ultrapassagem de Prost. Na primeira curva, Senna tocou a roda traseira de sua McLaren na Ferrari de Alain Prost a 270 km/h, levando os dois carros para fora da pista. Ao contrário do ano anterior, desta vez o abandono dos pilotos deu a Senna o seu segundo título mundial. Por essa Prost não esperava!

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Mais Briga!

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Seis títulos mundiais, 64 vitórias e 89 poles. Os números correspondem às conquistas somadas de Ayrton Senna e Nelson Piquet ao longo de suas carreiras na F-1, mas praticamente com a mesma proporção que somaram triunfos nas pistas, os pilotos também acumularam rixas e desentendimentos fora delas. Em 1987, Ayrton Senna, ainda na Lotus e sem títulos mundiais, irritou-se com o rival e chegou a dizer que não aceitaria mais críticas de Nelson Piquet, que no fim do mesmo ano viria a conquistar o seu terceiro título da F-1. Essa guerra foi só de palavras mas foi tão feia que persiste até hoje por intermédio dos fãs!!!

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Nem Pintado De Ouro!

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E a coisa foi feia mesmo. A troca de acusações ultrapassou os limites do profissional e, via mídia, chegou às acusações de traição e questionamento de nível de masculinidade! Piquet era um provocador, e o é até hoje. Encarava a briga como um jogo que gostava de fazer e não levava essa rixa tão a sério, mas Senna explodia com facilidade e levou as brincadeiras dele para um lado muito pessoal! Piquet, é claro, gostou de ver Senna irritado. Essa briga pegou fogo e não deu sinais de reconciliação!

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Poucos Amigos

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Ayrton Senna dizia que era difícil ter amizades num ambiente tão competitivo como o da Fórmula 1. Mas ainda assim fez bons amigos, entre os quais podemos citar Gerhard Berger, com quem conviveu durante três anos, Norio Koike, o fotógrafo japonês que o acompanhava em todos os lugares, e que perdeu a motivação de continuar fotografando outra pessoa com a mesma máquina fotográfica, doando a mesma para Leonardo Senna, junto com mais de 40 mil fotos, Galvão Bueno a quem Senna apelidou carinhosamente de “papagaio”, brincando com a profissão do narrador, Sid Watckins, orenomado neurocirurgião que foi médico-chefe da Fórmula 1 por 27 anos, de 1978 a 2005, e que sempre saíam juntos para pescar e Joseph Leberer, o fisioterapeuta contratado pela McLaren em 1988, mesmo ano da chegada de Ayrton Senna na escuderia.

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Brasil!

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Ayrton falava três idiomas além do português: inglês, espanhol e italiano. Não teve filhos e até sua morte teve três sobrinhos, o piloto Bruno Senna, Bianca Senna e Paula Senna - filhos de Viviane Senna. Sobre Bruno, Ayrton declarou em 1993: "Se vocês acham que eu sou rápido, esperem para ver meu sobrinho Bruno." Mais do que tudo, Ayrton Senna tinha orgulho de ser brasileiro e queria fazer mais pelo país. Sempre teve em mente que um futuro melhor passava pela educação, pensamento que é a semente para o Instituto Ayrton Senna, que atende a milhares de crianças e jovens em todo o Brasil. Lembram da bandeirinha que virou marca registrada?

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O Final E O Legado

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O legado de conquistas de Ayrton Senna elevou o nível do esporte a outro patamar. Após mais de 20 anos, ainda há marcas a serem batidas pelos novos pilotos da Fórmula 1. Pesquisas atuais ainda apontam que o piloto é considerado por muitos como o melhor de todos os tempos. Entre algumas marcas invejáveis, estão as suas 41 vitórias na Fórmula 1, as 65 poles conquistadas em 10 anos de carreira, que somente foram superadas no décimo-quinto ano de carreira de Michael Schumacher. Ayrton faleceu aos 34 anos em 1994 e nos deixou um grande legado: uma categoria mais segura, circuitos redesenhados, carros que passaram por testes mais rígidos e novas regras que surgiram para maior segurança dos pilotos, dos profissionais envolvidos, e da plateia. Por fim, Ayrton Senna transcendeu os limites nacionais quando se trata de sua idolatria. É até hoje relembrado em todas as corridas com homenagens de todos os tipos. Estes fãs consideram que há uma Fórmula 1 antes e uma depois da última corrida do piloto. Como todo grande ídolo, Ayrton fez história!