Os “Traidores” Do Mundo Do Futebol (Vira Casaca?)
No ambiente do futebol, como em qualquer outro, há traições que muitas vezes geram dor e rancor. É um mundo governado pelas leis do dinheiro e não pela política da boa vizinhança. Mesmo assim, a torcida não perdoa.
Como o dinheiro "tudo pode comprar", alguns jogadores ignoram a história e aceitam jogar em times rivais. E por isso, muitas vezes ficam marcados como traidores.
Romário (Vasco - Flamengo)

Romário iniciou sua carreira no Olaria e, ainda jovem, integrou as categorias de base do Vasco da Gama. Três anos depois, em 1988, foi contratado pelo PSV, na maior contratação do futebol brasileiro até então. Em 1995, eleito o melhor jogador do mundo com a camisa do Barcelona, após a conquista do título da Copa do Mundo de 1994, o camisa 11 surpreendeu o mundo ao anunciar à volta ao Brasil. Mas dessa vez ele foi defender o Flamengo. No Rubro Negro ele ficou até 1999, quando foi demitido por ter fugido da concentração para ir a uma boate, em Caxias do Sul (RS), onde o time estava reunido. Depois disso, retornou ao rival Vasco. Durante sua carreira, Romário ainda defendeu mais uma clube carioca: o Fluminense.
Robert Lewandowski (Borussia Dortmund - Bayern de Munique)

Depois de uma magnífica temporada com o Borussia Dortmund, em que chegou à final da UEFA Champions League, o atacante polonês permaneceu na Alemanha. Porém, foi para o rival Bayern de Munique. Naquela época, a equipe liderada por Pep Guardiola desembolsou 25 milhões de euros por ele. Desde 2014 no clube, Lewandowski já conquistou quatro títulos do Campeonato Alemão.
Caniggia (River - Boca)

Claudio Paul Caniggia não desperta boas lembranças nos torcedores do River Plate, onde jogou de 1985 a 1988. O ex-atacante argentino participou de 53 jogos e marcou oito gols. Tudo mudou quando o El Pájaro voltou para a Argentina, após uma temporada na Europa. Caniggia frustrou os torcedores do River ao anunciar sua ida para o rival Boca Juniors. Lá ele ficou por três anos e marcou 37 gols em 64 partidas, incluindo os três gols na vitória por 4 a 1 sobre o seu antigo clube no histórico clássico de julho de 1996, que ficou marcado pelo beijo em Maradona.
Ronaldo (Barcelona - Real Madrid)

OFenômeno tornou-se um dos traidores do futebol quando assinou com o Real Madrid. Vale lembrar que anos antes ele havia jogado no Barcelona. Lá ele eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1996. Porém, é importante ressaltar que Ronaldo chegou a procurar o Barça antes de fechar com o Real. Em crise, o clube catalão não teve condições de recontratar o ídolo. Antes de chegar aoclube merengue, o brasileiro ainda atuou pela Inter de Milão e teve uma performance notável com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002.
Luis Enrique (Real Madrid - Barcelona)

Agora treinador, Luis Enrique é um dos personagens mais odiados por parte da torcida do Merengue. O ex-jogador vestiu a camisa do Real Madrid em 1991 e depois de cinco temporadas decidiu fechar contrato justamente com o Barcelona, maior adversário do seu antigo clube. No time da Catalunha, ele se tornou ídolo. Anos depois, já como técnico, ele conquistou diversos títulos, como o da Champions League 2014/15 por exemplo.
Zlatan Ibrahimovic (Juventus - Inter de Milão)

Ibrahimovic está na lista de jogadores mais polêmicos da história. O craque sueco é sempre uma notícia por causa dos seus golaços, mas também por conta das suas declarações inusitadas. Entre suas polêmicas está a troca de clubes na Itália. Depois de cair de divisão com a Juventus por conta do escândalo de manipulação de resultados, o atacante decidiu assinar com a Inter de Milão em troca de 24,8 milhões de euros. Indo para um clube rival de seu anterior, ele causou a fúria dos torcedores juventinos, ainda mais por a Inter ter herdado na justiça o último título dos bianconeri e tornado-se a nova força dominante do futebol italiano.
Darío Conca (Fluminense - Flamengo)

O argentino foi revelado pelo Tigre, um elenco humilde da Primeira Divisão de seu país, e depois teve passagem por River Plate, Universidad Católica, Rosario Central e Vasco Da Gama. Mas foi no Fluminense que ele brilhou. Nas Laranjeiras ele se tornou o jogador mais bem pago da América do Sul. Porém, em 2017, o atleta deixou o futebol chinês e acertou sua transferência para o Flamengo. O fato repercutiu muito mal entre a torcida, mesmo com o Tricolor não tendo, na época, entrado em uma disputa por Conta. Apesar da era do profissionalismo, o histórico de Conca no clube, na visão dos dirigentes e da torcida, deveria ter sido levado em consideração.
Bernd Schuster (Barcelona - Real Madrid - Atlético de Madrid)

Schuster jogou no Barcelona, onde atuou por oito temporadas e conquistou um campeonato nacional, três Copas do Rei, uma Supercopa da Espanha, duas Copas da Liga e uma Recopa da Europa. Apesar de toda a história, o ex meio-campista alemão foi parar no rival Real Madrid na sequência e teve anos vitoriosos. No time da capital, ele conquistou dois campeonatos nacionais, uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha. Para completar, ele ainda atuou no Atlético de Madrid de 1990 a 93. Assim, o atual treinador ficou na história da Espanha como um grande traidor.
Robin Van Persie (Arsenal - Manchester United)

Van Persie não é bem visto pelos torcedores do Arsenal, onde ganhou chance no início da carreira. O atacante holandês revolucionou o mercado inglês ao ser contratado pelorival Manchester United em 2012, quando era ídolo dos Gunners. Com isso, ele passou a ser considerado um "Judas". Inconformados com a negociação, vários fãs do Arsenal postaram fotos de camisas de Van Persie, que afirmara não defender outro clube da Inglaterra, rasgadas ou queimadas.
Luis Figo (Barcelona - Real Madrid)

O ex-jogador Figo gerou uma relação de amor e ódio com os dois clubes mais poderosos da Espanha. O português vestiu a camisa do Barcelona entre 1995 e 2000, ano em que ele decidiu mudar de time e assinar com o Real Madridpor 60 milhões de euros. Uma decisão que provocou a fúria dos torcedores catalães. Três temporadas depois, numa partida contra o Barcelona, em 2003, Figo teve uma recepção muito hostil do público. Torcedores lançaram objetos (como celulares, bolas de golfe e até cabeças assadas de um galo e de um porco) quando ele foi cobrar um escanteio.
Alexandre Pato (Corinthians - São Paulo)

Em janeiro de 2013, Alexandre Pato deixou o Milan e acertou com o Corinthians. A transferência bateu recorde ao atingir o valor de 15 milhões de euros (em torno de R$ 41 milhões na cotação de janeiro de 2013). Porém, um ano depois, o atacante entrou numa negociação com o rival São Paulo, em uma troca que envolveu o meia Jadson. Em dois anos de clube, ele marcou 38 gols em 101 jogos e participou do vice-campeonato brasileiro de 2014. Antes de retornar ao exterior, ele ainda teve uma nova passagem pelo Timão. Tudo na maior naturalidade.
Mauro Camoranesi (Banfield - Lanús)

Na breve passagem que teve pelo seu país de origem, o ítalo-argentino Camoranesi jogou no Banfield em 1996. Depois, ele atuou no futebol mexicano e ganhou fama ao virar ídolo da Juventus. Além disso, o ex-jogador ainda fez parte do elenco da Itália na conquista do quarto título mundial do país. Em 2011, ele voltou para a Argentina, mas não para o Banfield, e sim para o rival Lanús. O que causou alvoroço entre os torcedores do seu ex-clube.
Carlos Tévez (Manchester United - Manchester City)

O jogador argentino foi um grande destaque na cidade de Manchester, tanto por seus gols e dribles como por sua conhecida traição. No meio de uma controvérsia com o técnico Sir Alex Ferguson, Tévez deixou o United em 2009 para defender o rival Mancher City. Nos dois anos em que esteve no clube, ele fez 34 gols e 15 assistências em 99 partidas, vencendo além da Champions League, dois títulos da Premier League, uma Copa da Liga Inglesa, duas Supercopas Inglesas e um Mundial de Clubes da FIFA. O seu desempenho gerou inclusive uma campanha por parte da torcida para que ele fosse contratado em definitivo junto ao West Ham, mas o argentino se mudou para o rival local. A decisão gerou revolta em metade da cidade. Tévez ficou no City até 2013, clube pelo qual se sagrou campeão inglês pela terceira vez e conquistou novamente a Supercopa da Inglaterra. El Apache marcou 73 gols e fez 36 assistências em 148 jogos pelos Citizens, antes de se transferir para a Juventus.
Edgar Davids (Juventus - Inter)

Depois de uma passagem rápida pelo Milan, Edgar Davids vestiu a camisa da Juventus entre 1997 e 2004. Lá virou um dos grandes nomes da equipe no final do século passado ao vencer três Campeonatos Italianos. Porém, depois de jogar pelo Barcelona, ele foi transferido para a Inter de Milão em 2004, onde jogou apenas 14 jogos. Com isso, ele se tornou um dos poucos a defender os três grandes do futebol italiano.
Cesc Fàbregas (Arsenal - Chelsea)

O meio-campista da Seleção Espanhola teve uma passagem decisiva pela Premier League. Com jogadores importantes sofrendo lesões na temporada 2004-05, ele passou a se estabelecer como meio-campista titular do Arsenal, craque e capitão. Em 2011, ele foi para o Barcelona. Anos depois, Fàbregas voltou a jogar na Inglaterra, mas dessa vez pelo Chelsea, ganhando o ódio de todos os torcedores dos Gunners.
Neymar (Barcelona - PSG)

Essa história os brasileiros acompanharam de perto. Neymar tomou a decisão de deixar o Barcelona após quatro temporadas e se juntar ao Paris Saint Germain na metade de 2017. Embora a equipe parisiense não seja um rival direto do Barça, o atacante foi considerado um traidor por parte dos torcedoresdo clube espanhol. Para pior, ele pode reforçar o Real Madrid depois da Copa do Mundo segundo a imprensa europeia.
Mario Götze (Borussia Dortmund - Bayern de Munique)

Mais um que trocou o Borussia Dortmund pelo Bayern de Munique. Assim como Robert Lewandowski, Mario Götze também tomou a mesma decisão. Após ser o destaque do das categorias de base do Borussia, o jogador alemão foi chamado para o time principal com apenas 17 anos em 2009. Desde então, ganhou espaço e passou a ser considerado um dos melhores do país. Em 2013, aos 20 anos, ele assinou sua transferência para o poderoso Bayer de Munique. Porém, três anos depois, ele fez o caminho de volta e acertou seu retorno ao clube que o lançou no futebol.
Sol Campbell (Tottenham - Arsenal)

O defensor inglês permanecerá na história dos Gunners como um dos jogadores mais eficientes e decisivos da história. No entanto, antes de sua gloriosa passagem pelo Arsenal, Campbell vestia as cores do Tottenham, clube pelo qual jogou por dez anos.
Andrea Pirlo (Inter - Milan)

Um dos melhores meio-campistas italianos, Pirlo nunca conseguiu ser odiado pelos torcedores dos clubes que passou, mesmo mudando drasticamente de camisa. O seu carisma e a sua importância para o futebol do país permitiram que ele atuasse em adversários com Inter de Milão, Juventos e Milan ao longo da carreira. Ele é o único jogador a vestir a camisa das três equipes mais importantes da Itália.
Ronaldinho (Flamengo - Fluminense)

Um dos jogadores mais espetaculares e mágicos da história do Brasil também entrou para a lista de traidores. Ronaldinho Gaúcho voltou da Europa em 2011 para se juntar ao elenco do Flamengo na cidade do Rio de Janeiro. Então, ele continuou sua jornada através de outros clubes como Atlético-MG e Querétaro, do México. A polêmica ocorreu em 2015 quando retornou ao Rio, mas para jogar pelo arquirrival, o Fluminense. Na época outro clube carioca estava na disputa pelo craque: o Vasco.
Hugo Sánchez: ( Atlético Madrid - Real Madrid)

O ex-jogador mexicano já foi ídolo do Atlético de Madrid, onde jogou 111 jogos e fez 54 gols. No entanto, Sánchez decidiu assinar com o Real Madrid, rival histórico da cidade, em 1985. Lá ele se destacoucomo o vitorioso goleador do time na segunda metade da década de 1980. Assim, ele é o único a ter jogado nos três times da capital espanhola, já que no final da carreira ele ainda atuou pelo Rayo Vallecano.
Gabriel Batistuta (River - Boca)

O ex-goleador da Seleção da Argentina também integra a lista de traidores. Antes de se transferir para a Itália, Batistuta foi contratado pelo River Plate em 1989 depois de ganhar detaque no Newell's Old Boys. Porém, no meio da temporada de 1990, o artilheiro mudou de time para vestir as cores do rival Boca Juniors, onde ficou até ser contratado pela Fiorentina em 91.
Mats Hummels (Borussia Dortmund - Bayern de Munique)

Uma das últimas traições no mundo do futebol aconteceu com este experiente defensor da Alemanha. As oito temporadas e meia que jogou no Borussia Dortmund não foram suficientes para tocar o coração de Hummels e cancelar a viagem à Munique. Ele passou a jogar no eterno rival o Bayern de Munique, na metade de 2016.
Ashley Cole (Arsenal - Chelsea)

Ashley Cole é considerado um dos melhores laterais esquerdos que teve a Premier League já teve. Sua grande performance com o Arsenal chamou atenção de outros clubes poderosos da Europa. Na época, ele estava irritado com uma oferta salarial baixa e resolveu deixar o clube para ganhar quase o dobro no rival Chelsea em 2006. Ele, claro, foi imediatamente alvo de críticas e teve que aguentar a fúria dos torcedores Gunners.
Clarence Seedorf (Inter - Milan)

O ex meio-capista holandês passou pelos dois times de de Milão. Primeiro chegou ao Inter de Milão em 2000, depois de vestir a camisa do Real Madrid. Ele ficou na equipe azul e negra por dois anos e depois decidiu assinar com o Milan, causando a fúria dos torcedores da Inter. Assim, o atual treinador ficou marcado na Itália como um dos "Judas" do futebol.
Roberto Baggio (Fiorentina - Juventus)

Foi um dos melhores atacantes italianos de todos os tempos. Vestiu a camisa da Fiorentina e já emergia como um possível ídolo da instituição. Mas então, Baggio assinou com a Juventus. Os torcedores, furiosos com a situação, tomaram as ruas como forma de protesto.
Frank Lampard (Chelsea - Manchester City)

Capitão do Chelsea desde 2001, Lampard tinha uma reputação impecável até 2014. Naquele ano, ele foi para a cidade de Nova York e as reviravoltas do mundo do futebol o fizeram pousar no Manchester City. Lá ele jogou 40 jogos e marcou um gol contra a sua antiga equipe. Mas, obviamente, não comemorou. Nessa partida, Lampard foi recebido pelos torcedores Blues tanto com vaias quanto aplausos.
Michael Laudrup (Barcelona- Real Madrid)

O atacante dinamarquês jogou nas duas equipes mais importantes da Espanha. Ao Barcelona chegou em 1989 depois de passar pela Itália. Lá tornou-se ídolo, participando do renascimento do Barça no cenário doméstico, com quatro títulos seguidos na Liga Espanhola a partir de 1990; e internacional, com a primeira conquista do clube na Copa dos Campeões, em 1992. Em 1994 mudou-se para Madrid por conta da insatisfação com sua situação no time e passou a ser odiado pelos torcedores do Barça.
Filippo Inzaghi (Juventus - Milan)

O italiano é um dos maiores marcadores da Liga dos Campeões. O atacante começou seu estrelato em 1997 na Juventus. Na Vecchia Signora, fez 120 partidas e 57 gols, média incrível de um tento a cada dois jogos. Mais tarde foi para o rival Milan. E o casamento entre jogador e clube foi perfeito. Em 11 anos, foram dois Campeonatos Italianos, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes.
Ronaldo Nazario (Inter - Milan)

O brasileiro acumula duas traições em seu currículo. Assim como em sua passagem pela Espanha, onde vestiu a camisa do Barcelona e do Real Madrid, Ronaldo também defendeu dos clubes rivais na Itlália. Lá ele jogou para a Internazionale e depois para o Milan.
Denis Law (Manchester City - Manchester United)

O atacante foi contratado pelo Manchester City a partir de Huddersfield em 1960. Sem destaque, ele foi para o Torino, mas ficou também apenas uma temporada na Itália, retornando à Manchester como jogador do United, o grande rival de seu ex-clube. Com problemas no joelho, Law foi liberado quase dez anos depois e acabou acertando seu retorno ao City. Incrivelmente, em um duelo de fim de temporada entre os Manchesters, o escocês rebaixou o United depois de marcar o gol decisivo.
Zlatan Ibrahimovic (Inter - Milan)

O polêmico atacante já defendeu três rivais do mesmo país. Na Itália, Ibra passou primeiro pela Juventus e depois pela Inter de Milão, antes de se tornar jogador do Barcelona (Espanha). Algum tempo depois ele voltou a jogar na Itália, mas em outro rival: o Milan.
Gonzalo Higuaín (Nápoli - Juventus)

O argentino deixou o Real Madrid em 2013 para fazer história com a camisa do Napoli. No clube, Higuaín marcou 36 gols no Campeonato Italiano de 2015/16, batendo um recorde histórico que pertencia ao sueco Gunnar Nordahl, que marcou 35 golos na temporada 1949/1950. Porém foi parar da rival Juventus em 2016, causando estranheza por parte da torcida do seu ex-clube.
Julio César Cáceres (River - Boca)

Mais um que jogou dos dois maiores clubes da Argentima. O zagueiro paraguaio teve sua primeira chance no River Plate e depois de alguns anos foi para Boca Juniors. No primeiro clube disputou 37 partidas e afirmou: "Não aceito que os do River digam que eu os trai". Segundo ele sua postura foi profissional ao trocar de clube.
Oscar Ruggeri ( Boca - River)

Oscar Ruggeri é um dos defensores mais respeitados da história do futebol argentino. Campeão do mundo no México 1986, estreou no Boca Juniors em 1980 e se distinguiu por seu grande temperamento e garra. Em 1985, Ruggeri mudou-se para o eterno rival. No River, ele jogou três anos e ganhou a Copa Libertadores, Mundial e um campeonato local. Mas passou por um momento terrível fora dos campos. Depois de jogar na Bombonera e fazer um gol pelo River contra o Boca, ele voltou para a sua casa e a encontrou incendiada.
Christian Vieri (Inter - Milan)

Christian Vieri entrou para a lista de traidores em 2005, quando rescindiu seu contrato com a Inter de Milão para jogar pelo rival o Milan. Ele, que também já jogou em outras equipes italianas, identificou-se mais com a Inter, onde passou seis temporadas. Foi um dos grandes ídolos da torcida e artilheiro da temporada 2003/03 com 24 gols em 23 jogos.
Johan Cruyff (Ajax - Feyenoord)

O histórico jogador de futebol também já se envolveu em algumas polêmicas ao longo de sua carreira. Em 1983, depois de duas temporadas, Cruijff foi despedido do Ajax mesmo tendo conquistado títulos. Na época, o clube recusava lhe pagar o que queria, pois já o consideravam velho demais. Como vingança ele foi para o adversário histórico, o Feyenoord. Esse elenco estava à sombra do Ajax e apenas Cruyff poderia mudar a situação. Com ele, o time ficou 15 partidas sem derrotas e obteve o troféu de 1983/84.
Jean Beausejour (Colo colo - U. de Chile)

O defensor fez parte do elenco do Colo Colo até 2016. Foram duas boas temporadas até ser transferido pelo adversário Universidade do Chile. Beausejour foi adquirido por 2 milhões e 500 mil dólares pelo amargo rival que usou a cláusula de rescisão.
Mo Johnston (Boston Celtics - NY Rangers)

Mo Johnston foi declarado o "Judas" da Escócia quando, em 1989, assinou contrato com a outra grande equipe da cidade, os Rangers. Os torcedores do Celtics começaram a queimar cachecóis com o seu nome. O próprio jogador declarou anos depois que sabia que a transferência causaria muitas críticas, mas ele não achava que elas iriam afetá-lo tanto quanto afetaram.
Marco Tardelli (Juventus - Inter)

O ex-jogador italiano assinou com o Juventus em 1975 depois de passar pelo Como. Na Vecchia Signora foram dez anos até anunciar sua ida para a Inter de Milão, onde disputou duas temporadas. "Tardelli é responsável por mais cicatrizes do que cirurgiões do hospital da cidade", disse um de seus treinadores.
Hugo Gatti (River - Boca)

Para o primeiro goleiro que aparece nesta lista, o River é uma vitrine "diferente" de todos os clubes argentinos, embora ele se sinta mais identificado com a Boca. Ele sustenta que o River é diferente e melhor pela história do clube, local e estádio. Ele também acrescentou que o Boca te dá alegria e desejo de jogar, enquanto o River é como a Casa Rosada e infunde medo aos seus rivais.
Aldo Serena (Inter - Milan):

O atacante italiano do final dos anos 80 foi o melhor artilheiro da liga italiana em 1989, quando vestiu a camisa da Inter. Por essa razão, participou dos mundiais do México em 1986 e da Itália em 1990. A chegada do alemão Jurgen Klinsmann tirou o seu lugar da equipe e, com isso, ele voltou para o Milan. Um autêntico vira-casaca.
Joao Pinto (Benfica - Sporting de Lisboa)

Nascido no clube Boavista, Pinto passou pelo Sporting em 2000 depois de ter passado oito anos no outro rival do país, o Benfica. Foi campeão com o Benfica da liga portuguesa em 1994, onde jogou entre 1992 e 2000. Então, conseguiu conquistar novamente o troféu, mas com a camisa do Sporting em 2002.
Felipe Santana (Borussia Dortmund - Schalke)

O zagueiro brasileiro vestiu as cores do Borussia Dortmund até 2013, quando decidiu passar para o rival local da Bundesliga, o Schalke 04. Naquela época, o clube pagou a cláusula de rescisão existente no seu contrato, no valor de 1 milhão de euros.
William Gallas (Chelsea - Arsenal)

O meio-campista francês começou sua carreira no Caen de France em 1995. As boas exibições conseguidas nas 18 partidas realizadas na temporada seguinte chamaram a atenção do Olympique de Marseille, que contratou-o. Depois de cinco anos, ele foi para o poderoso Chelsea. Ainda na Inglaterra, jogou pelo Arsenal e pelo Tottenham.
Giuseppe Meazza (Milan - Juventus)

A lenda dos primeiros anos do futebol italiano também traiu. Giuseppe jogou vários anos nos clubes italianos. Em novembro de 1940 iniciou sua trajetória no Milan e apenas dois anos depois foi para o Juventus. Alguns anos depois voltou a jogar pela Internazionale.
José Sand (Banfield - Lanús)

El Pepe, como dizem na Argentina, vestiu as camisas dos dois clubes importantes do sul da província de Buenos Aires e eternos rivais, Banfield e Lanús. Ele começou a ganhar destaque no River em 2004 e chegou ao Banfield em 2005. O Lanús entrou no seu currículo pela primeira vez em 2007. Quase dez anos depois, ele retornou ao clube.
Edgar Davis (Milan - Juventus)

O surinamês foi um dos meio-campistas mais determinados de todos os tempos. Ele teve uma passagem controversa entre dois clubes rivais, como são o Milan e o Juventus.Em 1996 começou sua trajetória no Milan e ao sair foi para a Juventus, onde teve seu pico máximo de rendimento.
Santiago Silva (Banfield - Lanús)

O atacante uruguaio em 2008 se juntou a Banfield após sua grande passagem pelo Vélez. O empréstimo de um ano foi suficiente para ele obter o primeiro título local em sua história, onde marcou 14 gols. Em 2013 e após a sua passagem pelo Vélez, Fiorentina e Boca, o tanque chegou a outro grande do sul, o Lanús. A transferência se deu por milhão 350 mil dólares.
Giuseppe Meazza (Inter - Milan)

Meazza não só vestiu as cores do Milan e do Juventus, mas mais tarde usou a camisa da Inter. Em 1927, desde sua estreia onde marcou dois gols, e até 1940 revolucionou o futebol no Inter. Em 1946, ele voltou para a equipe que o viu nascer depois de passar pelo Milan e o Juventus e exibiu suas qualidades por mais um ano ali.
Enrico Candiani (Inter - Juventus)

Durante a mesma época histórica que Meazza, destacou-se Enrico Candiani. Ele começou sua carreira em 1938 e obteve dois títulos com a Inter, onde esteve até 1946. Sua primeira transferência foi para a Juventus, onde permaneceu uma única temporada. Então, ele vagou pelos clubes Pro Patria Calcio, Milan, Livorno e Unione Sportiva Foggia, onde terminou sua carreira profissional em 1952.
Patrick Vieira (Juventus - Inter)

Depois de ser rebaixado com a Juventus por motivo de corrupção, o ex-Arsenal realizou a sua segunda traição. Em troca de 10 milhões de euros, meio-campista francês se juntou ao elenco da Inter. Ele não conseguiu destacar-se em quatro anos devido a lesões.