Os Maiores Ídolos Da História Do Botafogo
O Botafogo é um dos times mais tradicionais do Brasil. Durante seus mais de 100 anos de história, o clube conquistou diversos títulos, tendo vivido seu auge nos anos 60. Além disso, foi berço para o surgimento de diversos craques do nosso futebol.
O torcedor botafoguense já teve a felicidade de ver grandes craques com a camisa do clube, como Heleno de Freitas, Nilton Santos, Didi e Gérson. Mas esses são apenas alguns dos jogadores que marcaram a história do Botafogo. Confira a seguir uma lista com os maiores ídolos do clube carioca.
Heleno de Freitas

Considerado o maior ídolo da história do Botafogo, Heleno de Freitas chegou ao time principal com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite e não decepcionou. Mesmo sem nunca ter sido campeão pelo clube, teve uma trajetória impressionante. No total, marcou incríveis 209 gols em 235 partidas entre 1940 e 1948, sendo atualmente o 4° jogador que mais fez gols com a camisa do clube.
Heleno era um centroavante irrequieto, brigador e de boa técnica. O craque era capaz de lances geniais, mas perdia a cabeça e era punido pela arbitragem com facilidade. Aliás, é considerado o primeiro "craque problema" do futebol brasileiro. Heleno morreu precocemente em 8 de novembro de 1959, aos 39 anos, depois de mais de quatro anos internado em um hospício.
Garrincha

Eternizado por seus dribles desconcertantes, Garrincha também está no topo da lista dos maiores ídolos do Botafogo. O ponta-direita iniciou sua trajetória no Glorioso em 1953, permanecendo até 1965. Durante esse período, conquistou títulos importantes e deu show em campo. Entre suas conquistas estão o Campeonato Carioca de 1957, 1961, 1962 e o Torneio Rio-São Paulo de 1962 e 1964.
No total, disputou 612 partidas pelo Botafogo, sendo o 2° jogador que mais vestiu a camisa alvinegra. Além disso, marcou 245 gols, o que faz dele o 3° maior artilheiro do clube. Com a Seleção, o ponta-direita desempenhou um papel fundamental nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962, tendo formado uma dupla inesquecível ao lado de Pelé.
Manga

Haílton Corrêa de Arruda, o Manga, é considerado o maior camisa 1 da história do Botafogo. O pernambucano foi contratado em 1959, vindo do Sport Recife, e conquistou vários títulos até 1968, ano em que se despediu do torcedor alvinegro.
Foi campeão do Campeonato Carioca em 1961, 1962, 1967 e 1968, do Torneio Rio-São Paulo em 1962, 1964 e 1966 e de duas edições do Torneio de Caracas. No total, disputou 442 jogos pelo Botafogo e sofreu 394 gols. Além da trajetória vitoriosa no Glorioso, Manga foi goleiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966 e também se tornou ídolo em clubes como Internacional e Nacional, do Uruguai.
Nilton Santos

Nilton Santos é, indiscutivelmente, um dos maiores ídolos do Botafogo. Com 721 jogos e muitos títulos, o lendário jogador só vestiu uma camisa além da alvinegra: a do Brasil, vencendo dois mundiais (1958 e 1962). É até hoje o atleta que mais vezes entrou em campo pelo Botafogo.
Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol, defendeu o Glorioso de 1948 até 1964, período em que conquistou os títulos do Campeonato Carioca de 1948, 1957, 1961 e 1962, o Torneio Rio-São Paulo de 1962 e 1964, entre outros troféus. Como uma forma de homenagem ao ídolo, o estádio onde o time alvinegro manda seus jogos foi rebatizado oficialmente de “Estádio Olímpico Nilton Santos” em 2017.
Sebastião Leônidas

Leônidas chegou ao Botafogo em 1966 e marcou época. Entrou em campo em 246 partidas com a camisa alvinegra, conquistando na década de 60 dois Campeonatos Carioca (1967 e 68) e o Campeonato Brasileiro (antes Taça Brasil) de 1968. Além disso, esteve presente na conquista do Triangular de Caracas em 1967, 1968 e 1970, que o clube busca o reconhecimento como mundiais.
Após pendurar as chuteiras, seguiu prestando serviços ao clube em outras funções. Como treinador, Leônidas comandou a equipe principal alvinegra na memorável goleada por 6 a 0 sobre o Flamengo no Brasileirão de 1972. Na sequência, se tornou uma peça fundamental na formação de jovens, conquistando inúmeros títulos como técnico na base. Já nos últimos anos, atuou na observação de atletas para as categorias inferiores.
Marinho Chagas

Apelidado de Bruxa, o lateral-esquerdo Marinho Chagas também fez história com a camisa alvinegra, tendo se tornado ídolo do Botafogo na década de 70. É considerado o segundo maior lateral-esquerdo que já passou pelo clube, perdendo a primeira posição apenas para Nilton Santos.
Conhecido pelo ímpeto ofensivo e pelo comportamento irreverente, Marinho jogou no Botafogo por quatro anos, entre 1972 e 1976. Apesar de ter marcado época, não chegou a conquistar títulos pelo clube carioca. No entanto, atuando pelo Botafogo, chegou à Seleção Brasileira, na qual disputou a Copa do Mundo de 1974.
Jairzinho

Cria da base do Botafogo, Jairzinho fez história com a lendária camisa 7 do Glorioso. Entrou em campo em 413 partidas, marcou 186 tentos e faturou títulos como o do Brasileirão de 1968. Também foi campeão do Campeonato Carioca (1967 e 1968) e do Torneio Rio-São Paulo (1964 e 1966). Defendeu o Fogão de 1959 até 1974 no clube, retornando ao time carioca em 1981 para se aposentar.
Além disso, foi um dos heróis da Copa do Mundo de 1970, competição em que ganhou o apelido de Furacão por ter marcado gols em todas as partidas da conquista do tricampeonato. Com sua habilidade de superar os seus marcadores, o ex-Botafogo foi capaz de balançar as redes sete vezes durante a competição disputada no México. Jairzinho também participou dos Mundiais de 1966 e 1974.
Gérson

Gérson de Oliveira Nunes, ou apenas Gérson, é um dos grandes jogadores não apenas da história do Botafogo como também do futebol brasileiro. Durante sua carreira, o meio-campista encantou o mundo com seu talento e lançamentos sempre precisos. Depois de uma Copa do Mundo de 1966 mediana, Gérson alcançou a glória na competição de 1970.
Apelidado de "Canhotinha de Ouro", também teve atuação de destaque com a camisa do Botafogo. Chegou ao clube carioca em 1963, permanecendo até 1969. Nesses seis anos, conquistou o Campeonato Carioca de 1967 e 1968, o Torneio Rio-São Paulo 1964 e 1966 e o Campeonato Brasileiro de 1968.
Carlos Alberto Torres

Capitão do tri em 1970, Carlos Alberto deixou o Santos após a Copa do Mundo daquele ano para retornar ao Rio de Janeiro, onde já havia atuado no Fluminense. Em 1971, foi anunciado por empréstimo pelo Botafogo e passou a vestir a braçadeira de capitão do time. Teve uma passagem breve pelo clube, mas marcante o suficiente para transformá-lo no maior lateral-direito da história do clube .
Depois de aposentado como jogador, Carlos Alberto voltou ao Botafogo para comandar o time. Em 1993, conquistou a Copa Conmebol. Voltaria a comandar a equipe em 97 e depois em 2002.
Didi

A década de 1960 foi a mais marcante do Botafogo, com grandes conquistas e o surgimento de diversos ídolos. Entre os grandes craques que vestiram a camisa do clube podemos citar Waldir Pereira, mais conhecido como Didi, considerado o maestro do, talvez, melhor time da história do Botafogo. "O Príncipe Etíope", como foi apelidado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, misturava resistência, elegância e técnica.
Com a camisa alvinegra, Didi conquistou o Campeonato Carioca de 1957, 1961 e 1962 e também o Torneio Rio-São Paulo de 1962. No total, Didi entrou em campo em 313 partidas com a camisa do Botafogo e marcou 114 gols. Durante sua carreira, o inventor da batida de falta "folha seca" também disputou três Copas do Mundo consecutivas (1954, 1958 e 1962), tendo vencido a segunda e a terceira. Na edição de 1958, ainda foi eleito o melhor jogador do torneio.
Jefferson

Jefferson é o ídolo mais recente da história do Botafogo. Apelidado de Homem de Gelo, o atleta foi considerado um dos melhores goleiros do Brasil durante a década de 2010. Pelo Botafogo, o arqueiro foi tricampeão carioca (2010, 2013 e 2018) e também conquistou a Série B de 2015.
No total, foram 459 jogos disputados, em 13 anos vestindo a camisa do alvinegro, sempre mostrando uma forte identificação com a instituição. É o 3° jogador com mais atuações pelo clube. Com a Seleção, o arqueiro participou da conquista da Copa das Confederações de 2013.
Paulo Cezar Caju

Revelado pelas categorias de base do Botafogo, Paulo Cezar Caju logo caiu nas graças dos torcedores por conta do seu talento e empenho em campo. Com a camisa alvinegra, jogou de 1967 a 72. Durante esse período, conquistou títulos importantes como o Brasileiro de 1968 e bi do Carioca (1967 e 1968).
Destaque do futebol brasileiro nos anos 70, Caju também jogou pela Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato no México. Ele era reserva de Rivellino, sendo considerado praticamente 12º jogador do time comandado por Zagallo.
Quarentinha

O atacante Waldir Cardoso Lebrêgo, também conhecido como Quarentinha, é até hoje o maior artilheiro da história do clube, com 313 gols marcados em 444 partidas. A marca foi conquistada durante os dez anos em que ele defendeu o Fogão. Uma curiosidade é que ele não gostava de comemorar os seus gols. Dizia que nada mais fazia do que cumprir a sua obrigação visto que era pago para aquilo.
Além de ostentar o título de maior artilheiro da história do clube, Quarentinha é o 5° jogador que mais jogou pelo Botafogo. Durante o período em que vestiu a camisa do clube carioca, conquistou o Campeonato Carioca em 1957, 1961, 1962 e o Torneio Rio-São Paulo em 1962 e 1964.
Amarildo

Com a camisa do Botafogo, Amarildo brilhou e conseguiu conquistar seu espaço entre os principais jogadores que passaram pelo clube. Atacante de muita habilidade, marcou 136 gols em 201 jogos, sendo campeão do Campeonato Carioca em duas oportunidades (1961 e 1962), do Torneio Rio-São Paulo de 1962 e da Copa Intercontinental de Clubes da França 1963.
Chamado de "O Possesso", Amarildo também fez história na Seleção Brasileira. Ele teve a difícil missão de substituir Pelé machucado na Copa de 1962 e deu conta do recado, participando de quatro jogos e anotando três gols.
Túlio

Túlio Maravilha faz parte da lista dos jogadores que se tornaram ídolos do Botafogo nas últimas décadas. Irreverente e engraçado, o centroavante goiano teve sua trajetória marcada por muitos gols e títulos importantes.
Durante suas passagens pelo clube, o ex-camisa 7 marcou ao todo 167 gols, sendo o 8° maior artilheiro da história do clube. Já a sua principal conquista pelo Botafogo foi o Campeonato Brasileiro de 1995, quando também artilheiro da competição e eleito o melhor atacante.
Zagallo

Zagallo fez história no Botafogo dentro das quatro linhas e à beira do gramado. Ainda em sua época de jogador, participou da fase áurea do time ao lado de Garrincha, Didi e Nílton Santos, sendo bicampeão carioca em 1961 e 1962. Encerrou a carreira de atleta em 1965, aos 34 anos, e logo recebeu a proposta de ser o técnico dos juvenis do Botafogo.
Após o bom início como treinador, foi convidado então para assumir o time principal. Entre 67 e 68, Zagallo foi bicampeão carioca e do Campeonato Brasileiro.
Loco Abreu

O uruguaio defendeu 31 clubes durante a sua carreira, uma marca que o colocou no Guiness Book. No Brasil, Loco Abreu atuou em times como Grêmio, Bangu, Rio Branco e Figueirense. Mas foi no Botafogo que se tornou ídolo.
Contratado em 2010, o uruguaio caiu nas graças da torcida alvinegra e até hoje tem uma forte identificação com o clube. Atuando pelo Botafogo, o atacante encontrou em campo em 105 partidas e marcou 62 gols, tendo conquistado o Campeonato Carioca de 2013. Encerrou sua passagem como o segundo maior artilheiro estrangeiro da historia do Botafogo com 63 gols, somente atrás do atacante argentino Fischer.
Maurício

O ex-atacante Maurício é considerado o herói do título do Campeonato Carioca de 1989 e um dos ídolos mais recentes do Botafogo. Foi ele o responsável pelo gol da vitória na final contra o Flamengo no estadual daquele ano, que encerrou um jejum de títulos que já durava 21 anos.
Na ocasião, Maurício balançou a rede aos 12 minutos do segundo tempo, no Maracanã, sob olhar de 68.671 torcedores.
Mendonça

Milton da Cunha Mendonça, mais conhecido apenas como Mendonça, escreveu sua história de identificação com o Botafogo principalmente nos anos 70 e início dos anos 80. Durante sua passagem pelo clube, encantou os torcedores com gols, dribles desconcertantes e atuações memoráveis.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira pelo Botafogo foi a vitória por 3 a 1 sobre o Flamengo em 1981, pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, Mendonça marcou o terceiro gol da partida, após um drible espetacular em Júnior. Posteriormente o lance ficou conhecido como "Baila Comigo". Apesar do status de ídolo, não conseguiu levantar taças pelo Botafogo.
Carvalho Leite

Durante toda a carreira, Carvalho Leite só vestiu os uniformes do Botafogo e da Seleção Brasileira. Ficou no clube alvinegro por 12 anos, tendo marcado 275 gols. É até hoje o 2º maior artilheiro da história, atrás apenas de Quarentinha.
Carvalho Leite fez parte do poderoso esquadrão alvinegro dos anos 30, sendo campeão estadual em 1930, 1932, 1933, 1934 e 1935. Encerrou a carreira prematuramente aos 29 anos por conta de uma lesão, mas isso não fez com que ele perdesse sua ligação com o clube. Após pendurar as chuteiras, Carvalho Leite cursou medicina e serviu ao clube como médico até os 84 anos. O ex-camisa 9 morreu aos 92 anos, em 19 de julho de 2004.