Os Apelidos Mais Estranhos De Jogadores De Futebol
Apelidos do futebol são geralmente nomes criados pela mídia ou pelos torcedores para identificar a importância de um futebolista, de uma seleção ou um time, além de partidas históricas ou trágicas, torcidas e rivalidades. Alguns apelidos caíram no gosto popular, enquanto outros são usados mais pela imprensa. Outros ainda servem para amenizar nomes muito complicados ou estranhos.
Zico
Arthur Antunes Coimbra quase ninguém conhece, mas é ninguém menos que Zico, o caçula dos seis filhos do imigrante português de Tondela, José Antunes Coimbra que era um fervoroso torcedor do Flamengo e foi goleiro amador na juventude — com a carioca da gema, Matilde da Silva Coimbra.
Um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Zico era pequeno e franzino, então não foi difícil Arthur virar Arthurzinho e depois Arthurzico. Até que uma prima, Ermelinda, reduziu carinhosamente para Zico.
Serginho Chulapa
Sérgio Bernardino, ficou mais conhecido como Serginho Chulapa por conta de sua fama de brigão, já que além dos muitos gols, as confusões se tornaram a marca registrada do jogador que, por não gostar de viajar, quando o jogo era relativamente longe de São Paulo, dava sempre um jeito de ser expulso no jogo anterior com o objetivo de receber a suspensão automática de um jogo.
Na Copa do Mundo de 1982, chamou a atenção pelo seu bom comportamento e, diziam, havia jogado mal por ter sido "domesticado em excesso" pelo técnico Telê Santana, mas pelo Santos, em 1990 agrediu o lateral são-paulino Zé Teodoro, o que lhe valeu uma suspensão por 150 dias.
Garrincha
De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manuel dos Santos era natural de Pau Grande, um distrito de Magé, no estado do Rio de Janeiro. Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com o pássaro de mesmo nome, muito comum na região.
Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se a uma distrofia física: as pernas tortas. Ambas as pernas eram tortas para o seu lado esquerdo, mas Garrincha era destro.
Émerson Sheik
Talvez o caso mais curioso. Nascido Márcio Passos de Albuquerque, o jogador alterou o nome para Márcio Émerson Passos, em 1996. O intuito era facilitar a entrada dele nas categorias de base do São Paulo. Dessa forma surgiu o nome Émerson.
Já o nome Sheik foi criado após sua passagem pelo Catar, numa alusão aos xeques árabes e porque naturalizou-se catari para jogar as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 pela seleção do país.
Pepe
Vamos com calma que esse é complicado. Pepe é, na verdade, Képler Laveran de Lima Ferreira. Seu nome Képler Laveran foi dado em homenagem aos cientistas Johannes Kepler e Charles Laveran. Seu apelido também foi colocado por seu pai, que era fã do ponta-esquerda do Santos, Pepe e também para simplificar o complicadíssimo nome.
Formado nas categorias de base do Corinthians Alagoano, com dezessete anos deixou Alagoas, terra onde nasceu, em busca de oportunidades para uma vida melhor em Portugal.
O Capetinha
Campeão por Palmeiras, Corinthians e Flamengo, o atacante Edílson da Silva Ferreira sempre se destacou por sua irreverência dentro e fora de campo. Ele ganhou o apelido de "Capetinha" do apresentador Roberto Avallone, por... digamos... "infernizar" as defesas adversárias.
Depois de encerrar a carreira de futebolista, Edílson continua trabalhando com o futebol como comentarista esportivo e com entretenimento tendo uma banda e um estúdio. A empresa de Edilson chama-se ED Dez Eventos Promoções Produções Artísticas e fica em Salvador.
Hulk
Givanildo Vieira de Sousa poderia ser um lobisomem, já que é o sétimo filho de sua família, só que todos os outros são mulheres então ficou sendo Hulk mesmo. Ele cresceu no bairro José Pinheiro em Campina Grande, ajudando os pais na barraca de carnes nas feiras livres da cidade, tarefa da qual nunca gostou.
Givanildo ganhou o apelido por vários motivos. Quando criança, era forte fisicamente, enfrentava as brigas de crianças e não tinha medo de ninguém. E como o atacante adorava o Incrível Hulk, seu pai deu-lhe esse apelido. E no fim, o físico ajuda!
O Diamante Negro
Jogador lendário das décadas de 30 e 40, Leônidas da Silva é tido como o inventor da "bicicleta" no futebol (ou pelo menos, quem popularizou a jogada). Jogador de grande destaque pelo São Paulo, Leônidas também atuou no futebol carioca, por Botafogo, Vasco e Flamengo. Por sua habilidade em campo, a revista francesa Paris Match apelidou o craque de "Diamante Negro".
Anos depois, a empresa de chocolates Lacta criou um produto em homenagem com o apelido do jogador.
O Divino
Considerado um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, Ademir da Guia brilhou no meio de campo do Verdão nas décadas de 60 e 70. Por causa de sua classe e habilidade com a bola nos pés, o apelido "Divino" lhe caiu bem. Mas é bom lembrar que o apelido veio por causa do pai, Domingos da Guia, zagueiro que jogou no Corinthians e Flamengo e já era chamado de "Divino Mestre" pela crônica esportiva nos anos 40.
A Enciclopédia
Talvez o maior ídolo da história do Botafogo ao lado de Garrincha, o lateral Nilton dos Reis Santos é considerado um revolucionário no esporte. O jogador redefiniu a posição em que atuava, passando a ser um dos primeiros laterais que subiam ao ataque.
Foi chamado de "A Enciclopédia" por causa dos conhecimentos sobre o futebol e por ser completo como jogador, foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol que apenas tinha a função defensiva.
O Fenômeno
Após ter jogado de forma brilhante uma temporada e meia pelo Barcelona, Ronaldo chegou à Inter de Milão, da Itália, com status de estrela. O craque marcou 19 gols em 14 jogos no restante do ano de 1997, conquistando pela segunda vez o prêmio de melhor jogador do mundo da Fifa.
Diante de tamanha habilidade e faro de gol, a imprensa italiana lhe deu o apelido de "Fenômeno" para o atacante brasileiro. No entanto, foi a capacidade do jogador superar duas graves lesões no joelho enquanto jogava pela Inter que fez o apelido "pegar" de vez. Ronaldo deu a volta por cima em 2002, conquistando a Copa do Mundo pela seleção brasileira.
O Animal
O narrador Osmar Santos era um dos maiores nomes do rádio nos anos 80 e início dos anos 90, sobretudo quando Edmundo começava a brilhar com a camisa do Palmeiras, em 1993. Osmar sempre elegia o "animal" da partida, ou seja, o craque que mais brilhou em campo. De tanto eleger o fluminense Edmundo Alves de Souza Neto como o "animal" do jogo, o apelido acabou pegando entre os palmeirenses, que idolatravam o camisa 7.
A Patada Atômica
José Castelli, acompanhando o primeiro treino de Roberto Rivellino com o olhar clínico e experiente do ex jogador, identificou algo de diferente no futebol do garoto e imediatamente o aprovou e já o mandou trazer fotos 3x4 para fazer a sua ficha de inscrição no clube do Parque São Jorge. No Corinthians Rivellino era chamado de "Reizinho" e lá foi onde marcou mais gols em toda sua carreira.
Rivellino fez mais sucesso ainda na Seleção Brasileira, sendo um dos destaques da seleção que venceu a Copa do Mundo de 1970 e recebeu o apelido dos mexicanos de "Patada Atômica".
El Diablo
Nos anos 90, a Bolívia teve seu "deus do futebol", apesar do apelido do meia Marco Etcheverry ser "El Diablo" ("O Diabo"). Com sua canhota habilidosa, o jogador ajudou a seleção de seu país a fazer história.
No dia 25 de julho de 1993, a Bolívia venceu o Brasil por 2 a 0 em La Paz, naquela que foi a primeira derrota da história da seleção brasileira em uma partida de Eliminatórias da Copa do Mundo.
O Rabo de Cavalo Divino
Para quem é considerado um dos maiores craques italianos de todos os tempos, é no mínimo comovente que Roberto Baggio seja mais lembrado por um pênalti perdido em uma final de Copa do Mundo (contra o Brasil, em 1994) do que por seus golaços e jogadas geniais.
Sua alta capacidade técnica lhe valeu um prêmio de Melhor Jogador do Mundo da FIFA, em 1993, e um apelido um tanto bizarro na crônica italiana: Codino Divino ou "Rabo de Cavalo Divino" em uma alusão ao seu característico corte de cabelo.
O Queixada
Ademir Marques de Menezes foi apelidado de "Queixada" por conta do queixo avantajado. Ele foi um idolatrado artilheiro revelado pelo Sport Club de Recife e, para muitos, o maior jogador a carregar no peito a Cruz de Malta e o escudo do Leão da Ilha, símbolos do Vasco da Gama e do Sport respectivamente. É considerado um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro.
Foi o maior ídolo do Vasco da Gama até o surgimento de Roberto Dinamite. Liderando o memorável "Expresso da Vitória" fez 301 gols com a camisa cruzmaltina, e foi por décadas o maior artilheiro do clube.
Roberto Dinamite
O fluminense Carlos Roberto de Oliveira, que ficou mais conhecido como Roberto Dinamite, foi jogador do Vasco durante a década de 70, 80 e 90 e encerrou a carreira no mesmo.
Diferente do que é divulgado, o apelido Dinamite não surgiu depois do jogo contra o Internacional. O apelido foi criação de dois jornalistas do Jornal dos Sports, Eliomário Valente e Aparício Pires, ambos vascaínos, e criado quando Roberto já se destacava nos juvenis.
Dentinho
Bruno Ferreira Bonfim, mais conhecido como Dentinho, é atacante do Shakhtar Donetsk (UCR). Promovido ao time profissional do Corinthians em maio de 2007, precisou abandonar o apelido que tinha na base por ordem do técnico Paulo César Carpegiani.
O nome composto não pegou, afinal, a alcunha de Bruno Bonfim, dada por ele ter os dentes muito separados, permaneceu e pegou na torcida alvinegra. Assim que Carpegiani saiu, em agosto, Bruno Bonfim voltou a ser Dentinho.
Pelé
Tudo começou com um colega de time de seu pai, quando ele jogava pelo Vasco de São Lourenço, em Minas Gerais. O sujeito era goleiro e conhecido como "Bilé". Ainda menino, Édson Arantes do Nascimento ia assirtir aos treinos do clube, e ficava brincando no gol, fingindo defender um chute. Toda vez que fingia a defesa, gritava: "Boa, Bilé!". Como ainda era muito pequeno, distorcia a pronúncia do apelido e dizia "Pilé".
O apelido "Pilé" tornou-se "Pelé" quando a família se mudou para Bauru. De acordo com o seu tio Jorge, foi por causa do seu forte sotaque mineiro. Em Bauru, o menino Édson falava uma coisa e as pessoas entendiam outra.