Celebridades Brasileiras Que Eram Pobres Antes Da Fama
Hoje eles desfrutam de uma vida privilegiada, mas nem sempre foi assim. Separamos alguns artistas brasileiros que nasceram em famílias pobres e tiveram que superar diversos obstáculos antes da fama. Alguns deles chegaram a morar na rua e até passaram fome. Mas, felizmente, eles deram a volta por cima com muito trabalho.
Confira a seguir os famosos que já passaram perrengues na vida, mas hoje fazem sucesso pelo Brasil (e até fora).
Roberta Rodrigues
A atriz nasceu e cresceu na comunidade do morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Aos 16 anos, depois de alguns cursos de interpretação, Roberta Rodrigues iniciou participação no grupo teatral grupo "Nós do Morro", que forma técnicos e artistas em diversas regiões carentes do Rio de Janeiro e apresenta espetáculos no Brasil e no exterior. E depois de um tempo surgiu a primeira grande oportunidade de mostrar seu trabalho ao grande público.
Em 2002, ela conquistou um papel no filme "Cidade de Deus". No mesmo ano surgiu convite para a série "Cidade dos Homens", e, no ano seguinte, para a novela "Mulheres Apaixonadas", da Rede Globo. Hoje, a atriz acumula diversos trabalhos na emissora, como "Cabocla", "Sob Nova Direção", "Páginas da Vida", "Insensato Coração", "Salve Jorge" e "A Regra do Jogo". Atualmente está no ar em "Segundo Sol".
Valesca Popozuda
A cantora nunca escondeu seu passado humilde. Nascida e criada em uma família humilde de Irajá, bairro do subúrbio carioca, Valesca chegou a trabalhar como frentista em um posto de gasolina antes de se tornar uma das rainhas do funk carioca.
Em 2000, Valesca fundou o grupo de funk carioca Gaiola das Popozudas. Conseguiu grande projeção nacional em 2007, após o lançamento das músicas de sucesso "Late Que Eu Tô Passando" e "Agora Sou Solteira". Hoje, em carreira solo, ela faz diversos shows por mês e é uma das funkeiras mais bem sucedidas do Brasil.
Thaila Ayala
Pouca gente sabe, mas Thaila Ayala vem de uma família bastante humilde: "A minha mãe foi empregada doméstica a vida toda. Depois foi cozinheira e se aposentou por invalidez. Estava toda ferrada de tanto trabalhar. Fui criada basicamente pelos meus avós, porque minha mãe trabalhava de noite para sustentar as três filhas. E meu pai saiu de casa muito cedo e depois faleceu. Com 13 anos eu era babá". Na adolescência, quando resolveu tentar a carreira de modelo em São Paulo, ela chegou a ter de viver na casa de amigos e até em uma favela em Diadema.
Em 2002, aos dezesseis anos, Thaila iniciou sua carreira como modelo. Em 2006 se inscreveu na Oficina de Atores da Rede Globo. No final do curso, em novembro, fez testes, e conseguiu o papel de Marcela, a protagonista feminina da 14ª temporada de "Malhação". Hoje acumula diversos trabalhos como atriz e modelo. Além disso, é uma das famosas que lucra com as redes sociais.
Zezé Di Camargo e Luciano
Vivendo no interior de Goiás, a família da dupla sertaneja tinha uma vida muito humilde. Ainda crianças, Zezé (que se chama Mirosmar) e o irmão Emival começaram a cantar com a ajuda do pai, seu Francisco, um lavrador. Porém, Emival morreu em um acidente na estrada, quando os garotos tinham 12 e 11 anos. Mesmo com a falta do irmão, Zezé não desistiu da música. Porém, com 13 anos já trabalhava como office-boy para conseguir ajudar a família.
Só anos mais tarde, Zezé começou a cantar ao lado do irmão Luciano (Welson). O sucesso veio na década de 90. Suas vidas renderam o filme "Dois Filhos de Francisco", que mostra um pouco da infância sofrida dos garotos e se tornou sucesso de bilheteria.
Simone e Simaria
Filhas de um garimpeiro e uma lavadeira, as baianas tiveram uma infância muito pobre em Uibaí. Elas moraram em diversas cidades do interior do Brasil por conta da profissão do pai. Passando dificuldades, chegaram a morar em casa de lona. Um fato marcante da infância foi a perda do pai, que morreu de um mal súbito quando que Simaria estava prestes a completar 11 anos. Dona Mara, a mãe, deixou as crianças com parentes e partiu sozinha para São Paulo, a fim de tentar uma vida melhor. Só depois as irmãs se mudaram também.
O primeiro destaque nacional veio como backing vocals do cantor Frank Aguiar. Um pouco depois, as duas formaram o grupo "As Pirralhinhas", que durou sete anos. Elas ganharam notoriedade com o grupo "Forró do Muído". Foi quando elas se tornaram "As Coleguinhas". Em 2012, as irmãs apostaram em seguir como dupla e hoje fazem sucesso por todo o Brasil.
Antonia Fontenelle
Antônia nasceu em Brasília, sendo a décima-terceira filha de dona Adelaide, piauiense, que ajudou na construção da cidade, mas foi entregue a dona Luzia Fontenelle de Britto. Após ser adotada pela família do sertão piauiense. ela cresceu entre os municípios de Santa Rosa do Piauí e Parnaíba. Ela só se mudou para o Rio de Janeiro quando decidiu fazer Teatro. Mas o começo não foi nada fácil.
Em entrevista à revista "Caras", a atriz contou que enfrentou dificuldades e chegou a passar fome quando se mudou do Piauí para o Rio de Janeiro: "Nos três primeiros meses, comia miojo com salsicha. Senti fome".
Klebber Toledo
O próprio ator brinca que seu rosto de moço bem nascido faz com que as pessoas duvidem de sua verdadeira. Klebber Toledo deixou a casa da sua família no interior aos 15 anos para jogar vôlei em times de São Paulo. Durante essa época, ela não ganhava bem e era obrigado a dividir apartamento com outros rapazes: "Ganhava R$ 60 e uma bolsa no colégio para jogar. O clube pagava minha alimentação, mas cheguei a passar fome". Para pagar suas próprias contas, ele também trabalhava como garçom, monitor de festas e modelo.
Sua vida ganhou outro rumo quando decidiu ser ator. no Rio de Janeiro. Seu primeiro papel de destaque foi na novela "Morde & Assopra" como o grande vilão Guilherme. Participou também de "Caras & Bocas", "A Vida da Gente", "Lado a Lado", "Império", "Êta Mundo Bom!", entre outras produções da TV Globo.
Thiago Martins
Mais um galã da Globo que precisou superar as dificuldades. Filho de uma empregada doméstica e de um taxista, Thiago foi criado no Morro do Vidigal, zona sul do Rio de Janeiro, e só se mudou recentemente: "Desde que meu irmão foi vítima de uma bala perdida virou o sonho da minha mãe sair de lá. Mas continuo frequentando, meus amigos estão no morro". Quando pequeno, Thiago sonhava em ser jogador de futebol. Porém, aos 15 anos, recebeu o convite para participar da novela "Da Cor do Pecado" e, desde então, já fez algumas novelas na Rede Globo. Ele também trabalha como cantor.
Chitãozinho e Xororó
Assim como Zezé Di Camargo e Luciano, a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó não teve vida fácil. Durante sua participação no programa "Domingão do Faustão", a cantora Sandy Leah revelou que o pai, o Xororó, passou por muitas dificuldades até conseguir garantir o conforto que hoje a família desfruta: "Eu nunca passei fome porque meu pai passou antes e fez tudo o que ele pôde para que eu não passasse também".
Desde que conquistaram a fama, Chitãozinho e Xororó já venderam mais de 37 milhões de álbuns e ganharam três prêmios Grammy Latino.
Luiza Brunet
Nascida em Mato Grosso do Sul, Luiza Brunet é filha de lavrador e de uma dona de casa. Ela é a segunda de oito irmãos. Quando sua família se mudou para o Rio de Janeiro, ela precisou trabalhar como babá, empregada doméstica, empacotadora e vendedora de loja, pois seu pai vivia de bicos.
Luiza Brunet ficou famosa no início da década de 80, quando virou top model exclusiva das calças Dijon e fez ensaios nus para diversas revistas masculinas.. Com forte apelo visual, Luiza tornou-se um dos grandes símbolos sexuais do Brasil. Hoje além de atriz e modelo, ela também atua como empresária.
Ivete Sangalo
Hoje Ivete Sangalo é uma das celebridades mais influentes do Brasil e desfruta de uma vida pra lá de confortável. Mas nem sempre foi assim. Quando morreu o pai, que era joalheiro, a cantora teve entregar marmitas em Salvador para complementar a renda familiar. Ela também trabalhou como vendedora de roupas em um shopping da cidade antes de conquistar a fama como cantora.
Fábio Jr.
Antes de virar galã e vender milhares de discos, Fábio Jr. trabalhou como entregador de jornal. Mas, com muita batalha, ele conquistou seu grande sonho. Desde criança, ele já já tentava a sorte como cantor. Porém, o sucesso só veio no final dos anos 70, quando começou a fazer novelas também.
A partir da segunda metade dos anos 80, Fábio Jr. virou o ídolo das canções pop românticas. Mas, apesar de priorizar a carreira de cantor, ele nunca largou completamente as telenovelas e os programas de TV. Seu último trabalho foi como jurado do "SuperStar".
Jonathan Haagensen
Jonathan Haagensen é mais um ator brasileiro que foi criado na comunidade do Vidigal e fez parte da companhia teatral Nós do Morro. Antes de receber a primeira oportunidade como ator, ele chegou a ficar um ano afastado da escola para ajudar a família com as contas.
Seu primeiro trabalho como ator foi no filme "Cidade de Deus"(2002), quando ganhou notoriedade nacional. Hoje ele integra o grupo musical "Melanina Carioca" e recentemente participou das séries "O Mecanismo", da Netflix, "Rua Augusta", do TNT, e "Carcereiros", da Rede Globo.
Marcello Melo Junior
Marcello Melo Junior nasceu na Baixada Fluminense e criado no Vidigal. Sim! Ele é mais um talento descoberto em uma das comunidades mais famosas do Rio de Janeiro.
Em entrevista ao "Ego", ele ressaltou o orgulho de suas origens: "Na vida a gente vai amadurecendo e cada vez mais valorizando a pessoa que é e o lugar de onde veio. Sempre tive orgulho da minha origem. Tenho orgulho por ser negro, de comunidade, classe média baixa e hoje ter a oportunidade de mostrar meu trabalho, abrindo portas para outras pessoas que vêm da mesma origem que a minha".
Marcello ficou nacionalmente conhecido ao interpretar o jogador Maicon em "Malhação", depois fez sucesso em novelas como "Lado a Lado", "Sangue Bom", "em Família", "Babilônia" e "Tempo de Amar".
Nego do Borel
Nascido e criado na comunidade Morro do Borel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o funkeiro teve uma infância bastante humilde. Em sua conta no Instagram, ele já mostrou a casa simples que vivia até se tornar famoso.
Atualmente, o representante do funk carioca vive uma realidade bastante diferente da época em que morava na favela. Nego do Borel mora em um condomínio de mansões na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Naldo
Filho de um soldador elétrico e de uma dona de casa evangélica, o cantor precisou ralar muito para chegar onde está. Com apenas nove anos, Naldo já trabalhava como engraxate no centro do Rio de Janeiro para ajudar a família.
Antes de conquistar a fama, ele também trabalhou como técnico em refrigeração e como cortador de carne em um frigorífico.
Seu Jorge
O cantor teve um infância pobre e chegou a passar fome no início da carreira, nos anos 90. Após o irmão ser morto em uma chacina na favela Gogó da Ema, onde moravam, Seu Jorge foi para o Rio de Janeiro e morou na rua por três anos.
Durante participação no "Esquenta", da Globo, ele comentou as dificuldades que passou na época: "Eu tive uma fatalidade na minha vida: perdi o meu irmão em uma chacina, e fui morar no Méier. O dinheiro acabou e fui parar na rua. A minha situação era muito ruim a ponto de passar fome. Então, o lance de tocar, nem era o fato de cantar, mas era porque tinha uma pizza no fim".
Latino
Poucos imaginam, mas Latino já passou por muitas dificuldades em sua vida. Antes de virar um cantor conhecido, ele foi flanelinha, ambulante, lavou carros e chegou a morar embaixo de um viaduto do Rio de Janeiro.
Em um vídeo postado nas redes sociais, ele revelou que sua vida só melhorou quando foi para os Estados Unidos: "Graças aos anjos de Deus, minha mãe que havia na época me abandonado com meu pai, foi me resgatar do submundo da criminalidade e acabou me convencendo (depois de 4 anos casada novamente com um americano) a ir morar nos USA, daí meu destino finalmente acabou seguindo um outro rumo, o rumo da responsabilidade, o rumo do trabalho árduo, o rumo do ilusionismo, o rumo na magia teatral, que no final dos anos 80 virou completamente musical".
Carlinhos Silva
Aos quatro anos, o comediante fugiu da casa onde morava, em São Paulo, levado pelos irmãos mais velhos, que não aguentavam mais as constantes agressões dos pais. Pouco tempo depois, se perdeu e ficou sem ninguém da família. Certa vez, ele estava dormindo nos bancos da Praça da Sé, quando foi recolhido pelas autoridades e levado para a antiga Febem. Da instituição para menores, ele foi parar em um colégio interno mantido pela prefeitura da cidade. Foi então que a história dele começou a mudar.
Por meio de um dos diretores da escola, Carlinhos começou a trabalhar como office-boy na rádio Jovem Pan. Pouco a pouco, com garra e talento, o artista conseguiu superar as barreiras e virou um comediante famoso. Fez parte do elenco do "Pânico", tanto no programa da rádio quanto na TV, até o final de 2007, quando foi contratado pela Rede Record.
